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quarta-feira, agosto 17, 2011

CRÓNICAS DE UM BIBLIOTECÁRIO-AMBULANTE

Partilhas Mágicas

Haverá melhor maneira de iniciar um Festival de Bibliotecas Itinerantes de que com um espectáculo de Magia/Ilusionismo?

Haver, até pode haver, mas que foi um inicio brilhante, isso sem dúvida que foi. Afinal, muitas vezes, ao longo das nossas andanças pelas estradas, terras e gentes, conseguimos fazer autênticos truques de magia para poder continuar a levar o Livro, a Leitura, a Informação, o Conhecimento e sempre algo mais.

Durante os três dias que durou o festival, houve outros momentos mágicos personificados nas apresentações de projectos de bibliotecas itinerantes e, obviamente, nas visitas às bibliotecas estacionadas no asfalto e ancoradas no rio Aura.

A quantidade e a diversidade impressionavam, mas acima de tudo, a qualidade e a variedade de serviços à comunidade que algumas bibliotecas itinerantes possuíam e forneciam. Desde uma bilheteira, uma pay-shop, estação de correios, caixa multibanco, posto de turismo, salão de jogos (higt tech) e claro, estantes bem equipadas e recheadas de livros, revistas, cd, dvd, mp3,áudio-livros...etc!

Para além da tecnologia, também houve espaço para o sentimentalismo. Existirá melhor imagem disto, que um barco transformado numa biblioteca, que percorre com os seus recursos humanos, bibliográficos e sentimentais, os pequenos arquipélagos existentes ao largo de Turku, tantas vezes em condições meteorológicas bastante adversas, mas que o voluntarismo dos seus animadores tudo ultrapassa?!

Outra das palavras-chave ou mágicas foi, como é habitual nestes eventos, a Partilha. Já tinha experimentado a mesma sensação de proximidade e familiaridade entre os membros desta comunidade itinerante de bibliotecas. Uma vez mais esse espírito prevaleceu, tal como uma reunião familiar sazonal, perfeitos desconhecidos imediatamente se transformam em amigos/confidentes, não de sempre mas para sempre.

O Festival de Bibliotecas Móveis de Turku foi assim mais um momento onde pudemos em conjunto, partilhar entre pares todos os nossos sonhos, pesadelos, projectos, utopias ou simples desabafos, sempre enquadrados nessa universal família que são as Bibliotecas Itinerantes.

o papalagui

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