Crónicas de um Bibliotecário-Ambulante
Arca dos Sonhos
A naturalidade da cultura deve ser encarada como mais um pressuposto de qualidade de vida. O acesso deve ser natural e espontâneo e não ensaiado, a responsabilidade por facilitar e promover esse acesso deve partir de todos nós.
Corria o mês de Junho de 2006, quando a Biblimóvel se fez pela primeira vez a estrada e estabeleceu contacto com as gentes do concelho de Proença-a-Nova, fruto de um projecto apresentado pela Câmara Municipal de Proença-a-Nova, através do Projecto Reviver no Pinhal e financiado pelo programa Progride.
A Bibliomóvel apoderou-se assim de uma imagem herdada pelas saudosas bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, criadas em 1957, substituindo-se ao Estado na criação de uma estrutura de leitura pública
Ao longo destes meses a Biblimóvel tem encontrado no seu percurso uma população ávida de conhecimento e reconhecimento pela sua situação de isolamento e desertificação, que leva ao esvaziamento das terras e almas daqueles que persistem em ficar.
Os resistentes lutam e tentam manter o legado dos seus antepassados para que os seus descendentes mantenham alguma, da pouca que resta, ligação à sua terra, as suas gentes e aos seus pertences.
A labuta diária não permite aos seus habitantes pensarem demasiado na solidão e isolamento a que muitas vezes se encontram votados, mas por vezes fraquejam e quando aparece alguém forasteiro, as mágoas começam a fluir e muitas vezes o trabalho da Bibliomóvel, mais do que disponibilizar informação, transforma-se num confessionário onde são desabafadas e carpidas as dores da alma e do corpo.
Ao longo destes meses realmente as dores têm sido muitas, mas as alegrias e a sabedoria transmitida nestas deslocações tem contribuído para a compilação de inúmeras histórias de vida.
Os recursos da Bibliomóvel tem servido muitas vezes para a abstracção destas dores, os livros, os dvd, e principalmente as revistas de bordados e lavores que entre o público feminino tem tido uma grande adesão, procurando nas cores e nos feitios alguma cor que contraste com o cinzento, predominante no seu quotidiano.
A naturalidade da cultura deve ser encarada como mais um pressuposto de qualidade de vida. O acesso deve ser natural e espontâneo e não ensaiado, a responsabilidade por facilitar e promover esse acesso deve partir de todos nós.
Corria o mês de Junho de 2006, quando a Biblimóvel se fez pela primeira vez a estrada e estabeleceu contacto com as gentes do concelho de Proença-a-Nova, fruto de um projecto apresentado pela Câmara Municipal de Proença-a-Nova, através do Projecto Reviver no Pinhal e financiado pelo programa Progride.
A Bibliomóvel apoderou-se assim de uma imagem herdada pelas saudosas bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, criadas em 1957, substituindo-se ao Estado na criação de uma estrutura de leitura pública
Ao longo destes meses a Biblimóvel tem encontrado no seu percurso uma população ávida de conhecimento e reconhecimento pela sua situação de isolamento e desertificação, que leva ao esvaziamento das terras e almas daqueles que persistem em ficar.
Os resistentes lutam e tentam manter o legado dos seus antepassados para que os seus descendentes mantenham alguma, da pouca que resta, ligação à sua terra, as suas gentes e aos seus pertences.
A labuta diária não permite aos seus habitantes pensarem demasiado na solidão e isolamento a que muitas vezes se encontram votados, mas por vezes fraquejam e quando aparece alguém forasteiro, as mágoas começam a fluir e muitas vezes o trabalho da Bibliomóvel, mais do que disponibilizar informação, transforma-se num confessionário onde são desabafadas e carpidas as dores da alma e do corpo.
Ao longo destes meses realmente as dores têm sido muitas, mas as alegrias e a sabedoria transmitida nestas deslocações tem contribuído para a compilação de inúmeras histórias de vida.
Os recursos da Bibliomóvel tem servido muitas vezes para a abstracção destas dores, os livros, os dvd, e principalmente as revistas de bordados e lavores que entre o público feminino tem tido uma grande adesão, procurando nas cores e nos feitios alguma cor que contraste com o cinzento, predominante no seu quotidiano.
O Papalagui
Nuno
ResponderEliminaraprecio imenso as tuas histórias de andarilho.
Fica aqui o link da parada de bibliomóveis durante o congresso ALA nos EUA. Já que te é impossível levar o teu, fomenta um cortejo destes em Portugal, nem que seja virtual, para dar a conhecer este trabalho fabuloso que as bibliotecas fazem junto daqueles que não podem ou não têm forma de chegar aos livros e aos outros documentos.
http://www.ala.org/ala/pressreleases2007/may2007/ParadeofBookmobiles.htm
boas viagens.
Gostarias de escrever uma história daquelas com que te encontras todos os dias e transformá-la num post para publicar no meu blogue?
omeu email:
mlamaode@portugalmail.pt
O PAPALAGUI está tão perto...
ResponderEliminarPor favor visite uma aldeia pequenina do concelho de Almeida.
Fica a uns 2km de Castelo Mendo. PARAIZAL assim se chama.Não vai ficar desiludido.