sexta-feira, dezembro 21, 2007
ADEUS, BOAS TARDES E ATÉ AO MEU REGRESSO...
Passado um ano e meio das andanças, por terras e gentes de Proença-a-Nova com a Bibliomóvel, creio que é possível fazer um balanço institucional e pessoal muito positivo e enriquecedor.
O estabelecimento de novas paragens (Rabacinas, Palhota, Monte Fundeiro, EB1 das Moitas), mostram o entusiasmo com que este serviço está a ser encarado pelas populações que o abordam e utilizam de forma tão ávida e interessada.
O objectivo básico de disponibilização de informação e conhecimento, sofreu e sofre diariamente constantes ultrapassagens, num contínuo ir mais além, que é fomentado e alimentado.
Aproveitando a periodicidade, a proximidade, e, até a amizade desenvolvida, procura-se não só tentar criar hábitos de cumplicidade com o objecto livro, jornal, revista, etc. incentivando o acto da leitura, mas ao mesmo tempo dar um cariz mais social de apoio a populações envelhecidas a quem o crescimento e o desenvolvimento apenas deixou marcas de isolamento e alguma solidão.
A visibilidade da Bibliomóvel para além das fronteiras do concelho de Proença-a-Nova, onde está consolidado, foi conseguida através do destaque concedido pela ACLEBIM ( Associacion Castelana e Leonesa de Bibliotecas Moviles) na sua pagina web à Bibliomóvel de Proença-a-Nova durante o mês de Agosto, e que culminou na sua participação no III Congresso Nacional De Bibliotecas Moviles, que se realizou em Guadalajara (Espanha).
Durante esse congresso a Bibliomóvel serviu de modelo a uma reestruturação dos serviços de bibliotecas móveis da região de Castilla
Em jeito de reflexão final, podemos afirmar que o sucesso desta iniciativa se deve ao facto de termos ido ao encontro das necessidades de uma população desejosa, não apenas de informação e conhecimento que levamos até elas em diversos suportes, mas do concretizar de velhos anseios e eternas vontades de uma companhia amiga e solidária.
A periodicidade com que nos dirigimos aos locais mais distantes do concelho de Proença-a-Nova apazigua momentaneamente esses momentos de isolamento e solidão, tão apetecíveis e atractivos para uns, mas insuportáveis e insustentáveis para quem diariamente e consecutivamente convive com esses sentimentos.
Não se pense que são precisos grandes eventos e festividades para combater esta maleita, basta usar como “aspirina” um simples “Boas Tardes!”, numa voz diferente do círculo habitual dessas gentes e logo um sorriso espelhado não nos lábios, mas nos olhos desponta nas faces destas gentes.
Simplesmente “Boas Tardes”!
O Papalagui
quarta-feira, dezembro 19, 2007
segunda-feira, dezembro 17, 2007
sexta-feira, dezembro 14, 2007
quarta-feira, dezembro 12, 2007
quinta-feira, dezembro 06, 2007
quarta-feira, dezembro 05, 2007
quarta-feira, novembro 28, 2007
quarta-feira, novembro 21, 2007
terça-feira, novembro 20, 2007
The Boatman
"If I could choose the life I pleased Then I would be a boatman/ Along the canals and the river free/ No hasty word are spoken /My only law the river breeze /Would take me to the open seas /If I could chose the life I pleased. Then I would be a boatman.
If I could choose the life I pleased /Then I would be a rover /And if the road was not for me /Then I would chose another/ Across mountains and the valleys deep /I would take these weary feet /If I could choose the life I pleased /Then I would be a rover"
Levellers
segunda-feira, novembro 12, 2007
quinta-feira, novembro 08, 2007
terça-feira, outubro 30, 2007
Fundo do Túnel
No regresso de terras de “nuestros hermanos”, como o asfalto a percorrer era muito, e sem prejudicar a minha concentração rodoviária, fui pensando e reflectindo em tudo o que vi, ouvi e senti durante aqueles dias de convívio entre pares.
Analisando a situação lusitana, no que diz respeito as bibliotecas móveis, creio que ainda existe alguma desconsideração por este serviço, que penso ser de excelência e com excelentes resultados, não só ao nível da aproximação e divulgação do objecto livro como da promoção desse nobre acto que é a Leitura, através da criação de redes de proximidade, cumplicidade e até de amizade.
Para além disso este serviço joga, em zonas mais isoladas, um papel predominantemente social de apoio a populações que o crescimento e o desenvolvimento apenas deixou marcas como a solidão e o isolamento, em parte devido ao maciço êxodo rural que padeceram e padecem.
Sem menosprezo para o trabalho diário de grande parte dos meus colegas de ofício, lançava aqui um pequeno desafio/provocação.
Planeiem a “fuga” dos vossos gabinetes, salas de leitura, depósitos, salas de reuniões e apostem no serviço itinerante de biblioteca!
Experimentem as sensações diárias de dever cumprido, como bibliotecários acima de tudo, mas experimentem principalmente a sensação de “luz ao fundo do túnel”, proporcionado pela versatilidade e a miríade de novas profissões em que nos temos de especializar para irmos ao encontro dos desejos e anseios dos nosso utilizadores.
Creio que muitos companheiros de profissão após essa experiência, única irão ver os serviços itinerantes com outros olhos e contribuir para que este tipo de recurso tenha um efectivo renascimento em Portugal e transformemos as actuais e futuras Bibliotecas Itinerantes em dignas herdeiras das Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian, verdadeiras “luzes” que com certeza iluminaram e iluminam hoje em dia, com toda sua influência, muitos antigos utilizadores.
O Papalagui