crónicas de um bibliotecário-ambulante
quinta-feira, junho 28, 2012
terça-feira, junho 26, 2012
6 Anos de Andanças - 26/06/06 - 26/06/12
crónicas de um bibliotecário-ambulante
6 Anos de Andanças - 26/06/06
- 26/06/12
26 de Junho 2006, numa tarde quente
e sufocante sento-me ao volante da Bibliomóvel, pela 1ª vez e ao ligar a chave
de ignição, transporto-me por instantes a um passado não muito longínquo, até
aos meus 12/13 anos.
Sonhador como qualquer criança
daquela idade, passava diariamente pelo parque de estacionamento, onde descansava
a “carrinha esquisita dos livros”, denominação
da Biblioteca Itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian e imaginava função
para tão estranho veículo.
Apaixonado pelos livros e pela
leitura e sonhador como qualquer criança de 12/13 anos, olhava e observava
tamanha aberração automobilística, mas carregada de tanto sentido (pela sua
carga valiosa) e imaginava como seria interessante transportar letras,
palavras, imagens por estradas, terras e gentes e poder viver disso.
26 de Junho 2012, tarde muito quente
e sufocante ao sentar-me pela enésima vez ao volante da Bibliomóvel e ao ligar
a chave de ignição, para partir em direcção a rota que inaugurou este serviço, há
precisamente 6 anos atrás (Alvito da Beira/Sobrainhos dos Gaios), assaltam-me a
memória as histórias/estórias, as pessoas, os utilizadores, os Amigos, as
estradas, as terras, as memórias/recordações, os silêncios, as conversas, as
saudades, as perdas, os ganhos, as vitórias e as derrotas, os saberes, os
sabores, os sentires que são a essência das andanças da Bibliomóvel e do
bibliotecário-ambulante por Proença-a-Nova.
Tudo isto e muito mais fazem parte
do meu quotidiano e da imensa honra que tenho em perpetuar um enorme legado,
que vejo com satisfação ressurgir e renascer um pouco por todo o país.
Para
Além da Curva da Estrada
Para
além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.
Alberto Caeiro
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.
Alberto Caeiro
sexta-feira, junho 15, 2012
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