crónicas de um bibliotecário-ambulante
sinais de luzes
as andanças da Bibliomóvel não são apenas feitas pelos
seus frequentadores/Amigos. Durante as viagens e paragens, surgem ocasionais e
regulares “passantes” que nos acenam ou param deixando palavras de incentivo ou
simples preocupação sobre o “estado da arte”.
Hoje um desses “passantes” inesperadamente desapareceu.
Nunca entrou, usou ou simplesmente frequentou as nossas instalações ambulantes.
Mas tinha sempre um acenar, um sorriso, uma preocupação sobre o andamento do
serviço.
Sempre que cruzámos os mesmos caminhos, havia um sinal
de luzes, um acenar, uma buzinadela…
Sempre que passava (em serviço/lazer) nalguma aldeia
onde a Bibliomóvel estivesse estacionada, fazia questão de parar, sair do seu veículo
e dirigir-se até junto de mim. Nunca entrou na Bibliomóvel!
-“
Boas tardes sr.Marçal! Então como vai o negócio!?”
Estas
sensações de perda são useiras e vezeiras, mas nunca as assimilamos da melhor
maneira.
Vou
sentir falta da preocupação, dos sinais de luzes, dos acenos!
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